CBF inclui Bahia em lista seleta e deixa Vitória de fora

Sob nova direção, a Confederação Brasileira de Futebol pretende revolucionar a forma de fazer futebol no país. Isso porque o presidente da entidade, Samir Xaud, iniciou a construção do projeto de Fair Play Financeiro. Reconhecendo a necessidade de manter a disputa homogênea entre os clubes, o Bahia assinou documento apoiando a implementação da regra, ao contrário do Vitória.

A fim de tornar a disputa dos campeonatos nacionais mais equilibrada, a CBF agendou reunião para debater sobre a sustentabilidade financeira dos clubes para depois do Mundial de Clubes. Diante do projeto lançado, 28 clubes e oito federações declararam apoio ao modelo nacional de Fair Play Financeiro.

“Nossa gestão será marcada por enfrentar com seriedade os problemas estruturais do nosso futebol. E, para isso, é fundamental criar um ambiente mais equilibrado e responsável financeiramente. Esse engajamento mostra que estamos no caminho certo: construindo juntos um futebol mais sólido e sustentável”, disse o presidente Samir Xaud.

Nesse ínterim, o Bahia apoiou o debate, tendo em vista a necessidade de impor limites para que reforços sejam oficializados nas janelas de transferências. Em suma, o objetivo do modelo é garantir que os clubes somente invistam mediante aos valores arrecadados na temporada. Assim, dívidas envolvendo a venda e compra de atletas serão contempladas com novas sanções punitivas.

Confira os clubes e federações que assinaram a documentação:

  • Série A: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Bragantino, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport e Vasco da Gama;
  • Série B: América-MG, Athletico, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, CRB, Ferroviária, Goiás, Grêmio Novorizontino, Paysandu, Remo e Volta Redonda;
  • Federações estaduais: Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Sergipe.

Bahia comemora nova fase

Depois de amargar longos anos de descenso, a torcida do Bahia pôde comemorar a transformação em SAF junto ao Grupo City. Mostrando tamanho comprometimento, a holding britânica sanou todas as dívidas do Esquadrão com seus credores. Por sua vez, o CEO Raul Aguirre projeta finalizar a atual temporada com arrecadamento superior a R$ 400 milhões.

“No primeiro ano, de 2023 para 2024, crescemos 24% e nesse ano vamos crescer 50%, em receitas operacionais projetadas em mais ou menos R$ 360 milhões, se somar com toda a parte de comércio de atletas, vamos passar confortavelmente R$ 400 milhões, isso é o primeiro patamar que nos permite sonhar com outros voos”, afirmou o dirigente.