Ajudou quando o Bahia mais precisou e agora deve ser vendido a preço de banana

Imagem: Reprodução

O Estádio de Pituaçu, oficialmente conhecido como Estádio Metropolitano Governador Roberto Santos, é uma importante infraestrutura esportiva na Bahia. Com capacidade para mais de 32.000 espectadores, o estádio desempenhou papel importante como centro de treinamento durante a Copa do Mundo de 2014. Atualmente, o Governo da Bahia está explorando novas formas de gestão para otimizar seu uso e viabilidade econômica.

Entre as opções em análise estão a Parceria Público-Privada (PPP) e o processo de concessão. Ambas as alternativas buscam envolver o setor privado na gestão do estádio, com o objetivo de enfrentar desafios de administração e garantir a realização contínua de eventos esportivos e culturais na região.

A Parceria Público-Privada é uma modalidade de contrato de longo prazo entre o poder público e uma entidade privada que prevê a execução de serviços ou a gestão de bens. No contexto do Estádio de Pituaçu, uma PPP permitiria que uma empresa privada assumisse a responsabilidade pela operação do estádio. Este modelo é especialmente atrativo por trazer capital privado e expertise em gestão, potencializando eventos que gerem receitas tanto para o estado quanto para os envolvidos.

As PPPs são notórias por suas vantagens em termos de eficiência e inovação, elementos essenciais quando se pensa em atrair um público mais amplo para utilizar as instalações do estádio. A remuneração do parceiro privado geralmente está vinculada ao sucesso financeiro das atividades realizadas, incentivando uma gestão mais eficaz e alinhada aos objetivos de longo prazo do patrimônio público.

A concessão, por outro lado, é um acordo através do qual o governo transfere a gestão de um bem público para uma entidade privada. Essa entidade, então, recebe o direito de explorar o ativo por um determinado período, com a premissa de gerar melhorias e benefícios econômicos que não seriam possíveis apenas com a administração pública.

No caso do Estádio de Pituaçu, a concessão significaria que uma empresa privada assumiria a totalidade das operações, desde a manutenção até a organização de eventos. A empresa teria a responsabilidade de maximizar a utilização do espaço, proporcionando retorno financeiro que compensasse o investimento. Este modelo é similar ao utilizado em concessões de estradas e aeroportos, onde se espera que a gestão privada traga melhorias em infraestrutura e eficiência.

Bahia utilizou o Estádio durante período sem a Fonte Nova

Em novembro de 2007, a Fonte Nova foi cenário de uma tragédia quando parte da arquibancada superior desabou, abrindo um buraco na estrutura. Várias pessoas caíram, e sete delas perderam a vida. Como consequência, em 2010, o estádio foi implodido para dar lugar a uma nova arena, que começou a receber partidas a partir de 2013.

Durante cinco anos, o Bahia ficou sem sua tradicional casa. No primeiro deles, mandou seus jogos em Feira de Santana, enquanto o Estádio Metropolitano Governador Roberto Santos passava por reformas para se tornar seu novo palco. A equipe atuou no local de 2009 até meados de 2014.

Um dos Ba-Vis mais marcantes desse período aconteceu na final do Campeonato Baiano de 2012. O empate por 3 a 3 foi recheado de emoção, com seis gols, cinco expulsões e a quebra de um jejum de dez anos sem títulos estaduais para o Bahia, o maior de sua história. O Tricolor voltou a conquistar o Campeonato Baiano em Pituaçu, em 2014.