Grupo City está falindo? Bastidores assustam muito e muito
O City Football Group (CFG), uma das maiores holdings de investimentos no futebol mundial, enfrenta um cenário financeiro desafiador. Fundado em 2013, o grupo acumula perdas significativas, que ultrapassam a marca de 972,8 milhões de euros, o equivalente a cerca de 6,1 bilhões de reais. Este cenário contrasta com as expectativas iniciais de lucratividade que a empresa projetava alcançar em três anos.
Apesar das dificuldades financeiras, o CFG continua a expandir sua presença global, adicionando novos clubes à sua rede, como o Bahia, no Brasil, e o Mumbai City, na Índia. Essa expansão, embora promissora em termos de alcance e influência, também traz consigo um aumento nos custos operacionais, especialmente com salários e outros encargos externos.
Principais desafios financeiros do Grupo City
O principal desafio financeiro enfrentado pelo CFG está relacionado aos altos custos operacionais, que incluem salários de jogadores e outros encargos externos. Os gastos com pessoal já ultrapassam 290 milhões de euros, enquanto os “outros encargos externos” somam mais de 260 milhões de euros. Além disso, a expansão global do grupo resultou em um aumento significativo no número de funcionários, que cresceu 56% em um ano.
Outro fator que contribui para o cenário financeiro desafiador é o investimento em novos jogadores. Na última janela de transferências, o CFG gastou 322 milhões de euros em contratações, com o Manchester City liderando esses gastos. O clube inglês investiu 218 milhões de euros para reforçar seu elenco, em uma tentativa de melhorar seu desempenho nas competições.
Para mitigar as perdas financeiras, o CFG tem recorrido a benefícios fiscais, que ajudaram a reduzir o prejuízo líquido em cerca de 30 milhões de euros no último ano. Além disso, o grupo continua a receber aportes significativos do Sheikh Mansour, proprietário do fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos, que sustenta a holding.
Apesar das dificuldades, o CFG conseguiu registrar receitas recordes, com o Manchester City gerando um lucro de 103 milhões de euros na última temporada. A receita total do grupo atingiu 933 milhões de euros, um indicativo de que, embora os desafios sejam grandes, há potencial para crescimento e recuperação financeira.