O uso do VAR (Video Assistant Referee) no futebol brasileiro tem gerado discussões acaloradas entre torcedores, jogadores e especialistas. Recentemente, um episódio envolvendo um pênalti marcado para o Bahia contra o Ceará trouxe à tona novamente o debate sobre a eficácia e a justiça do sistema. A partida, válida pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, foi decidida por um gol de pênalti, após uma revisão do VAR, o que gerou reações diversas entre os comentaristas e dirigentes.
O lance ocorreu nos minutos finais do jogo, quando o atacante do Bahia, Tiago, caiu na área após um contato com Pedro Henrique, defensor do Ceará. A decisão do árbitro de campo foi confirmada após a análise do VAR, mas a marcação do pênalti foi questionada por alguns comentaristas esportivos, que consideraram o contato insuficiente para justificar a penalidade.
O VAR foi introduzido no futebol com o objetivo de minimizar erros de arbitragem em lances cruciais, como gols, pênaltis e cartões vermelhos. No entanto, sua implementação tem sido alvo de críticas devido à subjetividade em algumas decisões. No caso do jogo entre Bahia e Ceará, o VAR foi utilizado para revisar o contato entre Tiago e Pedro Henrique, resultando na confirmação do pênalti.
Comentaristas como Carlos Eduardo Mansur argumentaram que o atacante do Bahia teria provocado o contato, enquanto outros, como Fellipe Bastos, defenderam a decisão do árbitro, afirmando que o defensor do Ceará agiu sem precaução.
Ceará e CBF falam sobre a marcação do pênalti
A reação dos clubes em relação às decisões do VAR pode ser intensa, especialmente quando se sentem prejudicados. O CEO do Ceará, Haroldo Martins, expressou sua indignação com a marcação do pênalti, afirmando que o clube se sentiu prejudicado por uma decisão que consideraram injusta. Ele destacou a necessidade de providências formais para lidar com o que chamou de erros graves de arbitragem.
Por outro lado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou um parecer técnico do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais, que apoiou a decisão do árbitro. Segundo o comitê, o contato entre o defensor e o atacante justificou a marcação do pênalti, pois o defensor cruzou a linha de corrida do atacante, criando o contato.
